domingo, 23 de março de 2014

Estadão desmascara Dilma Rousseff: ela aprovou compra de refinaria japonesa com contrato semelhante ao de Pasadena


Um ano depois da aquisição da refinaria norte-americana, presidente aprovou contrato de compra de plataforma japonesa nos mesmos moldes do anterior. O turbilhão de desconfianças que paira sobre a Petrobras - acentuado pela prisão de Paulo Roberto Costa e pela demissão de Nestor Cerveró, ambos diretores envolvidos na compra da plataforma de Pasadena -, ganhou mais um componente neste sábado, mostrando que as mentiras contadas pelo Planalto têm pena curta:

Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, Dilma Rousseff aprovou um contrato semelhante ao da refinaria norte-americana. Isto é: com uma cláusula chamada de Put Option, que obriga um dos sócios a comprar o restante das ações em caso de discordância entre as partes envolvidas.

. Na ocasião, em 2007, a presidente ocupava os cargos de ministra da Casa Civil e de presidente do Conselho de Administração da Petrobras e concordou com a compra da refinaria japonesa Nansei Sekiyu (de Okinawa) - aquisição comandada, na época, pelo mesmo Nestor Cerveró. Dilma justificou a compra com base em um resumo elaborado pela diretoria internacional da Petrobras. Na última terça-feira, Dilma havia dito que, sesoubesse das cláusulas no contrato de Pasadena, não teria fechado o negócio. Sobre a compra da refinaria japonesa, a presidente justificou que "a aquisição estava alinhada com a estratégia geral da companhia (...) no que se referia ao incremento da capacidade de refino de petróleo no exterior" e ressaltou que "a refinaria detinha uma vantagem (...) por possuir um grande terminal de petróleo e derivados".


. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ex-presidente da Petrobrás José Sérgio Gabrielli citou o contrato da refinaria de Okinawa como exemplo de que o Put Option era comum nos contratos da empresa. Ainda de acordo com o Estadão, a Petrobras anunciou em 2013 que a refinaria japonesa teria um comprador. Com a licença de funcionamento da unidade vencida, porém, o negócio não foi adiante. A estatal pretende se desfazer da refinaria para dar gás ao caixa e dar conta do plano que prevê investimentos de US$ 236,7 bilhões entre 2013 e 2017.

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