segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

GOVERNADORES EM PERIGO PARA REELEIÇÃO


José Roberto de Toledo
Estadão
Em 2010, a eleição nos Estados apontou para a continuidade. Dos 27 governadores, 20 concorreram a um segundo mandato, e 13 deles foram reconduzidos ao cargo. Outros três elegeram seu candidato. Para 2014, a bússola virou de ponta-cabeça. Dos 15 governadores aptos à reeleição, só três podem confiar que estão no rumo certo para voltar ao palácio depois de passarem pelas urnas.
A pesquisa CNI-Ibope divulgada em dezembro forneceu o melhor mapa da sucessão estadual até agora. Pela primeira vez em três anos, todos os governadores foram avaliados simultaneamente. A sondagem não perguntou em quem o eleitor pretende votar, mas revelou o que os governados acham de seus governantes – e essa opinião é menos volátil que a intenção de voto.
A principal conclusão é que o ranking de 2013 é muito pior para a maioria dos governadores do que foi o de 2010: 11 estão devendo, 9 estão numa zona que não pode ser chamada de conforto, e dos 7 que estão realmente bem avaliados, 4 não são candidatos. A chave da pesquisa é o saldo de avaliação. Na eleição passada, ele mostrou-se o melhor fator para prever o resultado das urnas.
QUASE UM VELÓRIO
O saldo de avaliação é o que sobra, ou não, da popularidade do governador após levar-se em conta as opiniões negativas: é a taxa de ótimo e bom, descontada de quem acha o governo ruim ou péssimo. Essa classificação é melhor do que a simples pontuação pela taxa de ótimo/bom porque considera também o tamanho e a intensidade da oposição ao governante avaliado. Carma pesa.
Em 2010, o saldo médio dos governadores era de 31 pontos positivos – uma festa. Agora, é de 4. Quase um velório.
Na eleição passada, nove governadores tinham saldo igual ou superior a 45 pontos. Foi a nota de corte: todos se reelegeram (7 deles) ou elegeram seus candidatos (os outros 2). Hoje, só três governadores estão nessa faixa de quase certeza.

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