domingo, 21 de abril de 2013

MRV ACREDITA EM ANO SEM SOBRESSALTO PARA O MERCADO IMOBILIÁRIO




Para Rubens Merin, presidente da MRV, as histórias envolvendo a incorporadora em trabalho escravo e o consequente corte de crédito por parte de instituições como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil ficaram para trás. “Fomos acusados por motivos injustos. A fiscalização é muito importante, mas não podemos banalizar a escravidão.Nossos canteiros estão sendo bem geridos”, afirmou o empresário.

Merin acredita que 2013 será um ano com menos sobressaltos para o mercado imobiliário. No ano passado, a companhia lançou 32 mil unidades, número 20% menor na comparação com o ano anterior. “Em 2013 vamos lançar mais unidades do que no ano passado”, disse sem dar mais detalhes.

Para o empresário, o consumidor está confiante, tem renda e crédito, mas as facilidades para se comprar um imóvel precisam aumentar. “A desoneração também é um ponto importante. Tivemos uma redução de impostos recentemente, mas ainda é preciso fazer mais”, diz.

Agora, Menin sente que poderá fazer algo por estas questões. Ele foi eleito presidente da recém-criada Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Além da MRV, outras 18 companhias são associadas, entre elas, Cyrela, Tecnisa, e Brookfield. “Vou ter que acordar meia hora mais cedo e dormir meia hora a menos”, brinca em relação ao tempo que vai ter de se dedicar para essa nova empreitada.

A Abrainc montou sete comitês os quais vão incorporar os principais interesses das empresas do segmento. “Já temos conversas com diversos ministérios do governo”, afirma Menin. Uma das bandeiras da associação é conquistar melhores condições de crédito para o consumidor final. Um dos exemplos citados por ele diz respeito ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). 

Atualmente, só é possível sacar o dinheiro do FGTS para compra de imóveis até R$ 500 mil. “Estamos tentando rever esta situação”, diz Menin.

O empresário afirma que a Abrainc irá complementar a atuação de outras entidades já existentes como Câmara Brasileira da Indústria da Construção, os Sindicatos da Habitação, os Sindicatos da Construção e a Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário (Ademis). “Mas atuaremos em âmbito nacional”, completa.
 
Vendas
Na capital paulista foram vendidas 1.927 unidades de imóveis residenciais em fevereiro, uma queda de 8,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O total comercializado no período respondeu por uma receita de R$ 1 bilhão, valor 13% menor do que o verificado no ano anterior. No acumulado deste ano, foram vendidas 2.775 unidades, 12,7% abaixo na comparação com primeiro bimestre de 2012.

A construção civil fechou o ano passado com 3,2 milhões de trabalhadores formais no país, aumento de 3% na comparação com 2011, segundo dados da Fundação Getulio Vargas.

Fonte: Brasil Econômico

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