sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A ponta do mar de lama em que se transformou a Esplanada dos Ministérios

Escândalo no Trabalho


17:04:48

Tudo dominado – Na terça-feira (10), após ser pressionado pelo Palácio do Planalto e também pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), o secretário-executivo da pasta, Paulo Roberto Pinto, pediu demissão. De acordo com o ministro, a saída do número 2 do ministério foi uma medida para evitar “constrangimentos” ao governo. ...

Investigado pela Polícia Federal na Operação Esopo, que apura desvio de recursos públicos em montante que pode chegar a R$ 400 milhões, Paulo Roberto alega inocência, mas na última segunda-feira (9) foi levado à PF para prestar depoimento e esclarecer o esquema criminoso que funcionava a partir do Instituto Mundial do Desenvolvimento e da Cidadania – uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) – e contava com a participação de empresas, pessoas físicas, agentes públicos, prefeituras, governos estaduais e ministérios.

De acordo com as investigações da Polícia Federal, o Instituto Mundial era uma entidade de fachada contratada para realizar projetos superfaturados e que jamais foram executados. Na opinião do delegado Marcelo Freitas, da PF de Minas Gerais, a função do ex-secretário-executivo do ministério era facilitar as atividades do Instituto na pasta.

Há nesse episódio, que até agora não mereceu uma só palavra da cúpula do governo petista de Dilma Rousseff, dois pontos importantes a serem considerados. O primeiro deles remete a algumas matérias do ucho.info sobre o loteamento da Esplanada dos Ministérios.

Depois que o esquema do Mensalão do PT foi descoberto e transformou-se no maior escândalo de corrupção da história nacional, o governo petista decidiu mudar a forma de cooptação de parlamentares no Congresso Nacional. Saiu de cena o pagamento regular de mesadas, principalmente a deputados federais, entrando em seu lugar a entrega, a partidos da chamada base aliada, de importantes ministérios.

Com essa mudança, o Palácio do Planalto conseguiu manter e ampliar a base de apoio, deixando com cada partido o ônus dos escândalos de corrupção, o que mais uma vez é confirmado pela Operação Esopo.

Não é primeira vez que o Ministério do Trabalho envolve-se em escândalos de corrupção. Presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afilhado político de Brizola, deixou a pasta debaixo de uma enxurrada de acusações.

Quem conhece os bastidores da política em Brasília sabe que dificilmente um escândalo como o detectado pela Operação Esopo acontece sem a aquiescência do titular da pasta, neste caso Manoel Dias. Acontece que em situações como esta normalmente preserva-se, em um primeiro momento, o ministro, até que a situação torne-se insustentável e exija a demissão. Porém, enganados estão os que esperam uma manifestação de Dilma Rousseff sobre o imbróglio, pois o PDT, “dono” da pasta, é o partido de origem da presidente.

De igual modo, que os brasileiros não se iludam que esse escândalo é um caso isolado, uma vez que na grande maioria dos ministérios há casos de corrupção. A única diferença é que alguns a polícia consegue interceptar. Contudo, a grande questão é saber até que ponto a Polícia Federal seguirá em suas investigações, já que sabe-se que a corporação deixou de ser uma polícia de Estado para ser uma polícia de governo.

Tudo dominado – Na terça-feira (10), após ser pressionado pelo Palácio do Planalto e também pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), o secretário-executivo da pasta, Paulo Roberto Pinto, pediu demissão. De acordo com o ministro, a saída do número 2 do ministério foi uma medida para evitar “constrangimentos” ao governo.

Investigado pela Polícia Federal na Operação Esopo, que apura desvio de recursos públicos em montante que pode chegar a R$ 400 milhões, Paulo Roberto alega inocência, mas na última segunda-feira (9) foi levado à PF para prestar depoimento e esclarecer o esquema criminoso que funcionava a partir do Instituto Mundial do Desenvolvimento e da Cidadania – uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) – e contava com a participação de empresas, pessoas físicas, agentes públicos, prefeituras, governos estaduais e ministérios.

De acordo com as investigações da Polícia Federal, o Instituto Mundial era uma entidade de fachada contratada para realizar projetos superfaturados e que jamais foram executados. Na opinião do delegado Marcelo Freitas, da PF de Minas Gerais, a função do ex-secretário-executivo do ministério era facilitar as atividades do Instituto na pasta.

Há nesse episódio, que até agora não mereceu uma só palavra da cúpula do governo petista de Dilma Rousseff, dois pontos importantes a serem considerados. O primeiro deles remete a algumas matérias do ucho.info sobre o loteamento da Esplanada dos Ministérios.

Depois que o esquema do Mensalão do PT foi descoberto e transformou-se no maior escândalo de corrupção da história nacional, o governo petista decidiu mudar a forma de cooptação de parlamentares no Congresso Nacional. Saiu de cena o pagamento regular de mesadas, principalmente a deputados federais, entrando em seu lugar a entrega, a partidos da chamada base aliada, de importantes ministérios.

Com essa mudança, o Palácio do Planalto conseguiu manter e ampliar a base de apoio, deixando com cada partido o ônus dos escândalos de corrupção, o que mais uma vez é confirmado pela Operação Esopo.

Não é primeira vez que o Ministério do Trabalho envolve-se em escândalos de corrupção. Presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afilhado político de Brizola, deixou a pasta debaixo de uma enxurrada de acusações.

Quem conhece os bastidores da política em Brasília sabe que dificilmente um escândalo como o detectado pela Operação Esopo acontece sem a aquiescência do titular da pasta, neste caso Manoel Dias. Acontece que em situações como esta normalmente preserva-se, em um primeiro momento, o ministro, até que a situação torne-se insustentável e exija a demissão. Porém, enganados estão os que esperam uma manifestação de Dilma Rousseff sobre o imbróglio, pois o PDT, “dono” da pasta, é o partido de origem da presidente.

De igual modo, que os brasileiros não se iludam que esse escândalo é um caso isolado, uma vez que na grande maioria dos ministérios há casos de corrupção. A única diferença é que alguns a polícia consegue interceptar. Contudo, a grande questão é saber até que ponto a Polícia Federal seguirá em suas investigações, já que sabe-se que a corporação deixou de ser uma polícia de Estado para ser uma polícia de governo.
Fonte: Ucho.info - 12/09/2013

Um comentário:

  1. Quando votei em Lula em 2002 não esperava grande coisa dele administrativamente, tinha esperança que ele se cercasse de técnicos e de certa forma ele fez isso com Palocci e Henrique Meireles.
    Votei as duas vezes no Fernando Henrique e achei tecnicamente seu governo muito bom, no entanto como os demais brasileiros eu queria menos fisiologia na política.
    Embora eu fosse e sou a favor das privatizações havia muitos rumores de irregularidades.
    Confesso que analisando as noticias não via fundamento nas denuncias.

    As privatizações foram um processo complexo e exigir ou esperar a perfeição nesse tipo de coisa é pedir demais.

    Há muitas pessoas envolvidas e acontecer algum vazamento ou irregularidade embora seja indesejável...faz parte, é impossível evitar.
    Quanto ao valor das vendas uma coisa é você querer 30 mil no seu Chevete 1987 outra coisa é achar quem pague.
    Em 2007 tive que me desfazer de um carro, não tinha condições de mante-lo, ele estava com um problema na suspensão que eu não tinha capital para consertar, alem do mais eu precisava de dinheiro para rescisões trabalhistas.
    O preço de tabela era 11 mil, mas acabei vendendo por 6 mil.
    Acontece a mesma coisa quando você precisa vender um imóvel ou terreno, você reformou o apartamento, ele tem um valor sentimental, você quer 400 mil, mas o máximo que te oferecem é 300 mil.
    O apartamento alem de não lhe render nada ainda custa um condomínio mensal de 600 reais, você alugou, mas teve muita dor de cabeça com inquilinos é um negocio que não te interessa mais.
    Quero dizer que se você pegar TODAS as empresas que foram privatizadas estavam nessa situação.
    Algumas até davam algum lucro, mas serviam de cabide de empregos, prestavam um serviço de baixa qualidade e necessitavam de muitos investimentos para se tornarem mais COMPETITIVAS.

    Mas o mais importante nesse texto é você entender que o PT assumiu o Governo com plenos poderes para investigar qualquer irregularidade grave nas privatizações.

    Eu não me lembro de nada levado efetivamente pelo PT a justiça onde foi comprovado improbidade [se alguém lembrar pode responder].
    Eram tantos rumores que eu me preparei para alguns grandes escândalos principalmente na área de Telefonia o qual a mídia e o PT levantavam grandes suspeitas.
    NADA, absolutamente nada de relevante!
    Nada como a propina sendo paga pelos Correios a partidos aliados do PT, nada como a festa do Mensalão, nada como o Lula dando nossas refinarias ao Evo Morales.

    http://terapiadalogica.blogspot.com.br/2013/07/fernando-henrique.html

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