quarta-feira, 15 de maio de 2013

Senado convida Gilberto Carvalho para explicar sindicância sobre Rosemary Noronha



 “Querem mesmo que eu fale???”
Gabriela Guerreiro (Folha)
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) terá que explicar, no Senado, acusação de que teria tentado impedir a realização de sindicância instalada pelo governo para investigar a atuação de Rosemary Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo.
A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado aprovou terça-feira convite para Carvalho falar aos senadores.
Aliado do governo, o presidente da comissão, senador Blairo Maggi (PR-MT) colocou o pedido em votação em uma sessão esvaziada – o que impediu a mobilização de governistas para impedirem a aprovação da convocação.
O pedido é de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira, líder do PSDB. Nunes pede, no requerimento, que Carvalho preste esclarecimentos sobre a “investigação paralela” conduzida pela Secretaria Geral da Presidência sobre a atuação de Rosemary. Segundo reportagem da revista “Veja” na semana passada, o titular da pasta teria agido para impedir investigações contra Rosemary, de quem é amigo pessoal.
A sindicância foi aberta pelo governo no ano passado para apurar a conduta de Rose, que é uma das investigadas pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, sobre um esquema de venda de pareceres e tráfico de influência no governo.
MÁXIMO RIGOR
Paralelamente à investigação criminal, o governo decidiu abrir uma comissão de sindicância, formada pela CGU (Controladoria-Geral da União), AGU (Advocacia-Geral da União) e Casa Civil, para investigar administrativamente a conduta de Rose.
Indiciada por formação de quadrilha, ela foi exonerada do cargo em dezembro. Mesmo assim, o governo abriu uma comissão de sindicância para investigar administrativamente sua conduta.
A defesa da ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo tenta demonstrar que toda nomeação depende de um “colchão de apoio político e institucional”.
“Quem sabe a CGU não vai desencadear novas sindicâncias contra outras autoridades, partindo dos mesmos critérios usados em relação a Rosemary?”, diz o advogado Fabio Medina.
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - Hoje, nem precisei escrever. Gabriela Guerreiro fez um bom trabalho. Ela só esqueceu de assinalar que o rigor aplicado pelo Planalto contra Rosemary (leia-se: contra Lula) não foi aplicado a nenhuma outra “autoridade governamental” acusada de corrupção ( e são tantas…). Esta é a verdadeira questão, conforme temos registrado aqui na Tribuna. (C.N.)

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