segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Desobediência civil – a pedido de José Dirceu, a CUT aceita organizar evento pedindo para anular julgamento do mensalão



Carlos Newton
A CUT-RJ e o Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé convocam “para o ato pela anulação do julgamento da Ação Penal 470, devido aos notórios e graves erros cometidos pelo STF”. O evento acontecerá na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), na próxima quarta-feira, a partir das 19 horas.
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O ato “Pela anulação do julgamento do mensalão” tem o ex-ministro José Dirceu como “convidado especial”. Ao lado dele, estarão na mesa de debates o jornalista Raimundo Pereira, editor da revista Retrato do Brasil; a dirigente petista Fernanda Carísio, da Executiva do PT-RJ e ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio; o jornalista Altamiro Borges, coordenador do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé; o advogado Adriano Pilatti, professor da PUC-Rio, e a jornalista Hildergard Angel.
“GRAVES ERROS DO STF”
O ato consistirá num debate “sobre os graves erros do STF” na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Lima diz que não teme ver a central vinculada com defesa da impunidade: “A CUT teme ser cúmplice de uma injustiça”.
“Conheço, do PT, todos os envolvidos. Tenho absoluta certeza de que nenhum deles colocou nenhum tostão no bolso. Justiça episódica é sacanagem. Se for para todo mundo, a gente até embarca”, disse à Folha José Garcia Lima, dirigente da CUT-RJ e um dos organizadores do ato, voltando a defender a tese de que o mensalão foi apenas caixa dois de campanha, como se isso não representasse crime algum.
“Não há uma única campanha política no país nos últimos 50 anos que tenha sido limpa. Não defendo corrupção nem discuto descumprimento de regras. Por que diabo valem para o PT as regras eleitorais e não para os outros? Tenho de fazer campanha vendendo camisa, bóton e santinho do PT. Os outros podem fazer caixa dois que não acontece nada?”, argumentou o diretor da CUT-RJ, cheio de indignação.
SAMBA DE UMA NOTA SÓ
O debate que Dirceu mandou organizar e que se repetirá em outras capitais, incluindo Brasília, é uma espécie de samba de uma nota só, sem a genialidade dos compositores Tom Jobim e Newton Mendonça. A mesa de debates não terá nenhum participantes que defenda a posição do Supremo no julgamento do mensalão. Ou seja, não haverá debates, todos defendem a mesma posição.
Constata-se que Dirceu perdeu a noção do ridículo. Tanto assim que está sendo apoiado pelo Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé. Como todos sabem, o jornalista Aparicio Torelly, Barão de Itararé, sempre foi um humorista e vereador da maior dignidade, que teve uma vida exemplar, nunca se meteu em corrupção e vivia modestamente num pequeno apartamento no bairro de Laranjeiras.
Quanto a Dirceu, é hoje um pobre menino rico, que ganhou fortunas fazendo tráfico de influência (perdão, dando consultorias) para empresários tipo Eike Batista, mostrando a eles o caminho das pedras e do pré-Sal, conforme denúncia publicada aqui no Blog com detalhadas declarações do ex-diretor da Petrobras Ildo Sauer,  um intelectual de primeira linha que, decepcionado, abandonou o PT.
Ver a CUT a serviço de Dirceu chega ser patético e mostra que o Brasil está mesmo de cabeça para baixo. Ao invés de defender os trabalhadores, a maior Central do país se empenha em defender um criminoso vulgar como Dirceu. Mas que país é esse, Francelino?

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