domingo, 20 de maio de 2012

Presidente do BC sinaliza nova queda dos juros



Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, sinalizou nova queda da taxa básica de juros (Selic) na próxima reunião do Copom, no final do mês. Hoje, a taxa está em 9% ao ano. Se cair 0,25 ponto, atingirá o mais baixo patamar da história.
Instado a comentar as previsões dos operadores do mercado, que farejam nova poda na Selic, Tombini declarou: “Recentemente, demos uma direção. Essa direção permanece válida em relação ao futuro da política monetária.”
Sem mencionar datas, deu a entender que o cliclo de queda logo será estancado: “Esse processo já tem uma acumulação de reduções da taxa básica de juros que vem desde o fim de agosto. Esse processo no futuro tem de ser feito com parcimônia e cuidado.”
Disse que o BC não se move por pressão de Dilma Rousseff. Derruba os juros por razões técnicas, não políticas. “O motivo é a economia estar crescendo abaixo do potencial há alguns trimestres. Não é por outro motivo pelo qual o Banco Central está baixando juros.”
Tombini moveu os lábios numa entrevista aos repórteres Gabriela Valente, Regina Alvarez e Sergio Fadul. Durante a conversa, atribuiu a subida do dólar à crise europeia. Na sexta (18), a moeda americana foi a R$ 2,0185, a maior cotação em três anos.
Deixou claro que, se julgar necessário, o BC vai intervir: “O câmbio é flutuante, mas ninguém vai deixar o câmbio sofrer impactos de um volume extraordinário de liquidez que existe no mundo.”
Perguntou-se a Tombini se considera que o pior da crise que arde na Europa ainda está por vir. Ele se absteve de acionar a bola de cristal. “É difícil dizer”. Mas foi categórico quanto à capacidade de reação do Brasil. “O Banco Central está 200% preparado para acompanhar e eventualmente reagir num evento extremo.”

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