O MINISTRO JOSÉ EDUARDO CARDOSO É UM TOLO
19/11/2012
Giulio Sanmartini (1)
Nos nove anos que o Partido dos Trabalhares exerce o poder, o país teve 4 ministros da Justiça: Márcio Thomaz Bastos (1/1/2003 a 16/3/2007), Tarso Genro (16/3/2007 a 10/2/2010),
Luiz Paulo Barreto (10/2/2010 a 31/12/2010) e José Eduardo Cardozo desde 1° de janeiro de 2011.
O primeiro é um criminalista de qualidade indiscutível, todavia a forma como defende flagrantes bandidos, o faz cúmplice destes, portanto não era ilibado para exercer o cargo.
O segundo, um tolo exibido que certamente comeu muita merda escondido quando criança, deixou uma desagradável questão diplomática ao conceder asilo político a um assassino italiano.
O terceiro, funcionário de carreira no ministério, exerceu o cargo como tampão, haja vista que Genro havia renunciado para candidatar-se ao governo do Rio Grande do Sul.
O quarto chegou com a presidenta Dilma Rousseff, político profissional, tendo sido vereador paulistano e deputado federal. Vinha exercendo sua função discretamente, pouco se ouvia falar dele, até que, não se sabe por que motivo resolveu jogar bosta, de pá, no ventilador de teto.![ministro 5](http://prosaepolitica.files.wordpress.com/2012/11/ministro-5.jpg?w=630)
![ministro 5](http://prosaepolitica.files.wordpress.com/2012/11/ministro-5.jpg?w=630)
Cometeu um erro imperdoável a um político; o de dizer algo terrível, que lhe ficará como marca indelével.
Cito como exemplo Paulo Maluf, que num momento de estupidez, obrou pela boca a seguinte pérola “estupra, ma não mata”.
Cardozo, neste dia 13, durante um almoço organizado pela LIDE (Grupo de Líderes Empresariais), num discurso para 300 empresários, sem o mínimo pejo, sem que se saiba o escopo e com a mesma falta de senso do neo-aliado Maluf disse: “Se fosse para cumprir muitos anos numa prisão, em algumas prisões nossas, eu preferia morrer. Eu falo francamente…”( transcrito do vídeo Cardozo diz que prefere morte à prisão).
O ministro perdeu uma grande oportunidade de ficar calado, pois o que disse ainda é agravado pelo fato de ser o seu ministério o responsável pelo sistema carcerário do país. Ele também deveria explicar por que dos R$ 27,6 milhões previstos no Orçamento para construir o quinto presídio federal de segurança máxima somente usou R$ 20,9 mil, ou seja 0,001%. E dos R$ 238 milhões para presídios estaduais, somente empenhou (não quer dizer que tenha gasto) R$ 119 milhões.
Para encerrar registro a transcrição de uma carta que a colunista Maria Helena Rubinato Rodrigues de Souza, recebeu do leitor Anderson de Souza, sobre o seu artigo “Ministro da Justiça diz que prefere morrer a ir para a cadeira”:
“… agora só nos falta o Ministro da Saúde dizer que prefere morrer a ser internado/operado em um hospital público; o da Educação dizer que prefere a morte a ver um filho em escola pública; o da Economia declarar que prefere morrer a ter que tomar empréstimo consignado da CEF (à módica taxa de 1,5% ao mês); e o Ministro dos Transportes seguir o padrão e dizer que mais vale morrer que trafegar nas estradas do Brasil (à exceção das paulistas)”.
É isso aí!
(1) Charge na fotomontagem de Roque Sponholz.
Confesso que me senti chocada com o comentário do Ministro. Como logo muita gente saiu em defesa dele, achei que só eu entendia que prisão é uma punição por crimes cometidos contra a sociedade e não apenas um recurso de socialização. Claro que o sistema prisional não pode ser desumano mas que tal investir mais em condições de vida digna e aprendizagem nas penitenciárias?
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